Nesta quinta-feira, 12 de junho, o candidato à reitoria da UFSM Felipe Muller e seu vice Alessandro Dal’Col ouviram com atenção as demandas de diferentes departamentos do CCR — Fitotecnia, Defesa Fitossanitária, Zootecnia e Educação Agrícola e Extensão Rural— onde foram discutidos temas como reorganização administrativa, progressão na carreira, infraestrutura, saúde mental, inclusão e políticas institucionais. Além disso, os candidatos visitaram a Casa Verônica e conversaram com integrantes da AVAPI. Já na sexta-feira, 13 de junho, a conversa foi com o Departamento de Engenharia Química, pertencente ao Centro de Tecnologia (CT) da UFSM.
Confira a seguir os principais pontos discutidos nesses encontros.
PGD, Ponto Eletrônico e Jornada de Trabalho
No Departamento de Fitotecnia, foi amplamente debatida a aplicação do Programa de Gestão e Desempenho (PGD), o uso do ponto eletrônico e a jornada de 30 horas. Muitos servidores demonstraram insegurança sobre o futuro do PGD e dificuldades técnicas com o sistema atual, como o Polare. Os candidatos mantiveram o compromisso com a manutenção do PGD, o fortalecimento da jornada de 30h e criação de um sistema de gestão mais funcional e transparente.
Progressão Funcional e Minuta
No Departamento de Defesa Fitossanitária, foi abordada a insatisfação com a minuta da nova política de progressão dos TAEs. Servidores relataram sentimento de desvalorização e a falta de aproveitamento das qualificações adquiridas. Os candidatos defendem a reformulação da minuta e do modelo avaliativo, com critérios mais objetivos, justos e alinhados às realidades dos servidores técnico-administrativos.

Capacitação, Valorização da Carreira e Comunicação
A carência de capacitações alinhadas às demandas reais dos TAEs foi citada em vários setores do CCR. Os candidatos propuseram consultas regulares aos servidores para levantamento de interesses formativos, busca ativa por recursos para participação em eventos e projetos, e políticas de valorização das competências técnicas. Já na Educação Agrícola e Extensão Rural foi reforçada a necessidade de melhorar a comunicação institucional, especialmente sobre temas sensíveis, melhoria no processo de avaliação de ensino-aprendizagem, e avaliação da curricularização da extensão, integrando essas ações a um projeto mais amplo de formação acadêmica qualificada.

Infraestrutura e PROINFRA
No departamento de Zootecnia houve o relato de graves problemas com a atuação da PROINFRA, apontada como lenta, burocrática e desorganizada. Há queixas sobre infraestrutura defasada, ausência de planejamento, materiais de baixa qualidade para reparos e desperdício de recursos. Os candidatos propuseram a reestruturação da PROINFRA com uma equipe técnica especializada, além da desburocratização dos processos e investimentos em soluções ágeis.

Saúde mental, espaços de convivência e política ambiental
Nos setores administrativos e em vários departamentos do CCR, os servidores apontaram para o aumento dos casos de adoecimento mental e a ausência de espaços adequados para convivência e descompressão. Os candidatos também foram questionados sobre propostas para políticas ambientais da UFSM e responderam ter planos de recuperar as áreas de Preservação Permanente (APPs) na UFSM, fechar parcerias e investir em áreas da universidade.
Políticas Afirmativas e Inclusão
Ainda na quinta – feira, representantes da Casa Verônica, apresentaram mais detalhes sobre o Espaço Multiprofissional. A Casa Verônica é um setor vinculado ao Observatório de Direitos Humanos (ODH) e à Pró-Reitoria de Extensão (PRE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Os servidores explicaram como ela funciona, como é a sua gestão, os principais serviços ofertados para comunidade acadêmica e servidores da UFSM, como por exemplo, o atendimento psicossocial, a orientação jurídica, grupos de letramento ligados à temática de gênero e outras atividades. Além disso, reclamaram da falta de divulgação pela instituição e dificuldades de alcançar alguns centros.
Os candidatos reforçaram o compromisso da criação da PROAFE – uma Pró-Reitoria específica para políticas de inclusão, permanência, diversidade e combate às desigualdades.
