Má gestão e fragilidade da administração são o problemas centrais da atual gestão da UFSM

Durante a tarde do dia 16 de junho,  a Chapa 1 – UFSM + acolhedora, esteve no Colégio Politécnico onde o candidato a reitor Felipe Muller dialogou com técnicos e docentes sobre os desafios estruturais e de gestão enfrentados pela unidade. A precariedade da frota de ônibus e o recente acidente envolvendo um veículo da instituição pautaram o encontro. Questionado se a privatização seria uma solução, Felipe respondeu que o problema central está na má gestão, mencionando a fragilidade da administração da PROINFA e defendendo que privatizações só funcionam quando bem estruturadas e com responsabilização. Destacou a necessidade de fiscalização rigorosa nos contratos vigentes e de uma gestão proativa. Um professor provocou a reflexão sobre o papel do Politécnico na UFSM, apontando a sensação de invisibilidade e a falta de integração com o restante da universidade. Felipe reconheceu a importância de valorizar os diferentes níveis de ensino (médio, técnico e superior) e afirmou que é preciso construir pontes dentro e fora da instituição. Também foram debatidas questões ambientais, como a necessidade de um novo licenciamento para o campus e o tratamento de esgoto. Ao ser questionado sobre sua evolução como gestor, Felipe se definiu como alguém que amadureceu ao longo dos anos: “Antes eu era um trator que não cuidava de ninguém, hoje, com minhas vivências familiares, especialmente como pai, eu entendo melhor as prioridades. Tenho uma mulher feminista e sou letrado todo dia por isso.

O diálogo é sempre a melhor alternativa para o entendimento

Durante a visita ao Departamento de Ciências Administrativas, a Chapa 1 – UFSM + acolhedora dialogou com docentes e técnicos sobre desafios estruturais e acadêmicos vivenciados na unidade. Um dos questionamentos foi sobre o futuro do antigo hospital universitário, ao que o candidato a reitor, Felipe Muller, explicou que há uma articulação em curso para uma parceria público-público com a prefeitura, com o objetivo de implantar um CAPS III e uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na UFSM, ampliando os serviços de saúde no campus. Também foram discutidas as dificuldades na progressão docente, frente a uma gestão considerada engessada, e Felipe afirmou que é necessário aprimorar o modelo atual, garantindo valorização e reconhecimento. Em relação à sobra de vagas e à dificuldade de atrair estudantes para os cursos, o candidato destacou que os problemas são tanto de gestão quanto estruturais, defendendo ações que considerem o tempo de permanência dos estudantes, a atualização dos perfis dos cursos e uma estratégia ativa para mostrar que a UFSM oferece formações atrativas e de qualidade.

Nas visitas ao Departamento de Ciências Econômicas e ao Departamento de Economia, a Chapa 1 – UFSM + acolhedora ouviu atentamente docentes e técnico-administrativos que manifestaram preocupações com temas estruturantes da universidade. Questões como a reposição de vagas por aposentadoria, a efetividade das políticas de acessibilidade e a moradia estudantil foram centrais no debate. Felipe Muller defendeu que as vagas devem retornar às suas origens, exceto quando isso não for possível, e ressaltou a necessidade de fortalecer o CAED com foco em suporte real. A perda de atratividade da UFSM também foi discutida, com sugestões para repensar o Programa de Ingresso (PSS) e iniciativas para conter a evasão. Docentes destacaram ainda a sobrecarga nas coordenações e a fragilidade do calendário acadêmico, além de propor uma reflexão sobre a estrutura universitária, defendendo uma lógica mais integrada por faculdades.

Outro ponto debatido foi a situação do prédio desativado do centro, que preocupa pela ausência de destino e custos de manutenção, assim como o Regime de Exercício Domiciliar e a terceirização de serviços, que gerou questionamentos quanto à sua efetividade e impactos na universidade. A Chapa também esteve reunida com servidores das Secretarias Integradas do CCSH, abordando temas como o Programa de Gestão e Desempenho (PGD) e as condições de trabalho. Em meio a esse conjunto de escutas e propostas, Felipe Muller concedeu entrevista à revista Enfoco, de Santa Maria, onde reforçou o compromisso da Chapa 1 com uma gestão dialógica, inclusiva e comprometida com a valorização da comunidade universitária em todos os seus níveis.

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